domingo, 8 de novembro de 2015

Por dentro da revista.... NOVA GENTE (2043) Cátia Aveiro

Está na altura de espreitar para os conteúdos da revista desta semana:
A Nova Gente nº 2043.

Destaque tem de ser dado a Kátia Aveiro.

Numa matéria sobre um concerto solidário de artistas para angariação de fundos a favor de um menino que sofre de Leucemia, aquela que foi convidada para ser a apresentadora, decidiu aparecer assim:


Mas um mal nunca vem só:
A matéria nada diz sobre o valor amealhado, nem como ele vai ser aplicado na ajuda ao menino. Por outro lado, esta matéria sobre «solidariedade» faz maravilhas para a agenda da quero-ser-cantora-e-artista C(K)átia Aveiro. Ficamos sim é a saber que a «Kátia» vai ser a madrinha da Associação Princesa Leonor Aceita e Sorri no Funchal. Mas isto é só uma forma de finalmente entrar no assunto, que segue logo de seguida: No dia sete de novembro, vai dar um show em Paris, na discoteca Vilamoura Club e de seguida vai lançar a sua linha de chapéus e T-shirts. (quando tudo o resto falha...) Faltou dizer alguma coisa?? SIM! Mas sobre os planos de carreira da Kátia, não. Ficamos esclarecidos. Tão esclarecidos como fedorentos com o pivete a autopromoção descarada (e à conta de uma criança doente).

Diz a «irmã de Cristiano Ronaldo» (cito a revista) que o objectivo foi comprido, conseguindo-se um valor acima do previsto e «importante é ajudar, e não é preciso ser rico».

Mas ser rico ajuda! E ela, que não é só rica, mas podre de rica graças à actividade do irmão, bem que podia disponibilizar ajuda imediata sem ser necessário armar um concerto só para o show off.


E agora vamos à escolha de vestimenta.
Raramente sou de reparar nestas coisas mas neste caso penso que um cego era capaz de o enxergar e de seguida, sair correndo!

Please, please, please, alguém entendido nestas lides pegue nesta imagem e diga da sua sentença. Este «assemble» é para lá de desastroso. Está TUDO mal. É que não há uma coisa que se aproveite!

Indo por partes:
Estou a olhar para um apresentador de circo ou um domador de leões? 




Com aquele casaco tipo fraque, curto à frente e longo atrás que outra coisa faz lembrar? E o pior é que assenta mal! Fica feio, ela tem anca demais e o casaco não foi feito para o seu tipo de corpo. As calças... um horror. Vinil ou o que for, justas, totalmente coladas às pernas e com brilho. Péssima escolha de material e de tipo de calça. Uma «tailer» (se é assim que se diz), com um corte direito, até mesmo com vinco, teria ficado melhor. Até aos pés e com um sapato decente. E é aqui que vem a peça-de-resistence: Aquela bota-téni-de salto alto. Se a pessoa for do mais brega que há, assume-o de imediato com este sapato no pé. Talvez uma pessoa de bom gosto e que saiba combinar e carregar conseguisse fazer com que este sapato fosse sofisticado. Mas no caso de Kátia, ainda amplifica mais a feiura. Nela, o que até pode ser bonito, enfeiece.

A primeira coisa que me ocorreu ao vê-los, aliás, ao ver o conjunto todo mas em particular o que decidiu levar nos pés, é o quanto é impróprio para um evento de caridade. Provavelmente é algo que custou bem caro, talvez seja de marca (pobre marca!) e é simplesmente demasiado vistoso. Servem para uma pessoa se exibir. E esse não devia ser o propósito de ela estar ali. É simplesmente inadequado. Quebra o espírito da coisa. Perde-se a noção da razão de ali se terem juntado. "Olhem para mim e para estas fantásticas coisas que tenho nos pés!"- o foco devia ser outro. 

Foi preciso outra pessoa (também ela traumatizada com o que viu) comentar para observar com atenção os ditos «sapatos». E vai que lá está: claro como água: o fecho éclair arrebentado! 

Ahahaa! Não deixa de ser irónico. São tantas as analogias que este fecho quebrado pode fazer alusão que nem sei se dá para enumerar todas. Primeiro: é irónico que tanta aparente vaidade tenha resultado num flop. Segundo: caros que se adivinham que devem ter sido, parece que têm um nível de qualidade igual a uma qualquer imitação nos chineses (também, de onde pensam que vêm os que as grandes marcas vendem? Made in China, baby). Terceiro: Kátia quer tanto ser magra mas nem os pés colaboram. De tão gordos, arrebentaram com o fecho! 



Por onde ir a seguir? Já me cansei de tanto falar deste horror e ainda vou a meio!!
Mas como decidi terminar esta tarefa árdua, vou continuar. Subo agora para o cabelo. Como olhar para aquilo e não sentir calafrios a descer pela espinha? 

Sabem quando se vê uma mulher a dias, que acabou de esfregar o chão, a retrete, e tem o cabelo preso e todo emarenhado? Pois então... Onde está o glamour Cátia? Ficou na retrete? O penteado mais desleixado e despenteado do século e a sua dona ainda teve a má lembrança de o prender - e muito mal - num rabo-de-cavalo. Vou até supor que estava muito calor ali e ela, surpreendida e a suar, decidiu pedir emprestado um elástico. Sendo essa a razão pela qual tem uma indicifrável coisa cor de rosa no cabelo, que é plástica, mas não se percebe se é elástico ou ainda pior: mola. Vou até mais longe e supor que o usou como «símbolo», como um apontamento da cor preferida de Nonô. Mas... ainda que suponha estas coisas todas, o facto e que lhe fica muito, mas muito mal! E não combina em nada com nada. Se o objectivo era honrar a memoria da menina falecida, mais uma vez, precisava ter usado um écharpe, por exemplo. Sofisticação e bom gosto + elegância. Equilíbrio. NADA disso aparece aqui.

O cabelo preso, cheio de fios pendurados, soltos e desgarrados, mostra claramente cada "via" e faz sobressair o seu cabelo escuro no interior do louro de fora. Podia ser pior? Até que podia. Mas só de pensar, até causa arrepios!


Quero também falar dos brincos. Super inadequados. Na imagem só aparece um terço do comprimento. O resto toca quase até o peito, um pouco além dos ombros, como se fossem cabelo. O cabelo solto que não tem à frente, é o brinco que lá está. Além de serem totalmente inapropriados para o conjunto. Bonitos sim, mas cá está: não nas orelhas da Cátia. Podiam ficar bem numa fadista que sabe combinar as suas roupas sóbrias com ar sofisticado com um xaile. Ou a alguém com uma postura mais descontraída, roupas fluidas, num estilo mais hippie. Mas uma gaja enfiada numa salsicha de vinil preta cujo propósito é deixar à vista o fecho ecláir dourado que abotoa as calças à frente... é... só assim... Tão mau!!

Se gosto da maquilhagem? Não gosto. Está muito pesada. Reparando bem, pesa pela cor que colocou nos lábios. Um rosa claro ficaria melhor. Algo menos sobressaente teria combinado não só com a ocasião, como também com o rosto e até com o assemble. Afinal, ò mulher, levas um peduricalho cor-de-rosa no cabelo, tens apontamentos cor-de-rosa nos brincos-cabelo, roupa negra, de defunto, com toques de dourado - cafona que mete dó. Rouxo e laranja ainda nos brincos. E o batom combina com... o sangue que tens nas veias??

Bom, as fotos enganam - dou-lhe isso. Pode ser que na imagem pareça vermelho e seja na realidade aquele rosa forte e muito escuro. Mas isso só piora a situação! Porque é de facto, uma péssima cor de batom. 

Tudo ali fica mal. Até mesmo a pulseirinha por cima da manga comprida da blusa transparente e negra como a morte, que o casaco de fraque à artista do circo não teve capacidade para preencher, pois é de meia-manga.



Já falei que o sapato-téni tem a biqueira dourada com espigões dourados? Não falei, porque não merece a pena. Está à vista. Mas o pior, a meu ver até indesculpável nesta criação já um pouco batida e fora de moda (espigões foram algo lá no passado, e nem sequer foi o ano passado) é que a sola é branca!! Por amor de Valentim! A bota toda preta, num tecido a fazer lembrar um kispo de inverno e ao invés de terminar tudo em preto, talvez num tom meio cinza, é branco. OK... pode ser que assim disfarce mais a altura extra, é verdade. Mas simplesmente, com o resto do assemble... Tudo aqui está bom para deitar no lixo.


PS: cansei. O resto dos conteúdos desta revista terão de ficar para quando recuperar as energias... E do pesadelo.







Verdadeiro sentido de... CAPAS de revistas


Nestas semanas, deparei-me com isto:


Se calhar, nem como ruiva!
Tenta mudar de preferência, terás mais sorte.
(e olha só a jogada de marketing!) - depois paga aqui a quem te deu a ideia !!


Quer um SACO?
Temos um! Por apenas 3,99€!!
Ao menos que lhe chamassem MALA
Saco é uma palavra tão rude e vulgar para estar numa capa.
E o «saco» na ilustração não parece vulgar. 



Olha a desculpa. Mal pode esperar para parar de cantar! 
Já está cansado, a pensar na reforma.
Mas ia fazer o quê? Mais vale manter a galinha dos ovos de ouro.   



Esta é uma velhinha. Tão velha, tão velha, que estava no fundo do baú:


Não deseja ela mais nada! Põe é os patins...

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Luciana Abreu muda as maminhas


Diz uma revista que Luciana Abreu ficou ausente da apresentação do programa da SIC por uns dias, pelo motivo de ter decidido fazer uma cirurgia mamária. Gosto do termo «cirurgia mamária». Quase nunca empregue em situações relacionas com intervenções estéticas envolvendo silicone. 

Lucy a escrever algo na mão... ou num pequeno papel?
Autógrafo para a menina do papá

Mas ainda bem para a Lucy! Vai reconstruir uma porcaria que lhe fizeram e que durante anos andou ali pendurado no peito a incomodar o visual. Espero que as reduza em volume e lhe remova aquele ar de BOLAS de futebol. Já estive para falar das maminhas da Luciana Abreu faz anos, mas a importância que lhe dou nunca foi a suficiente para desenvolver o tema. Aproveito então o destaque da revista para a felicitar pela decisão porque a rapariga que já não é tão nova quanto já foi com aquelas mamas de silicone ficou uma matrafona dez anos mais velha e o peito, jesus, parecia que lhe dava pela cintura! Usar vestidos cai-cai com aquele peito é horroroso e muitas vezes a Lucy saiu pavorosa nas revistas devido às suas mamas e escolha de indumentária. E querida, já agora que estou nesta um outro achega: nunca mais use aquele pom-pom no topo da cabeça para parecer mais alta, siiiiimmmm? Isso aliado aos saltos agulha não resulta com todas e a si ficou cafonérrimo, a fazer parecer a "Joana" da Casa dos Segredos sei-lá-que-número. Cuidado, não vá errar novamente e decidir sair do cirurgião com um peito igual ao de outra ex-participante do mesmo reality show, a ex do Marco, o nome eclipsou-se, mas a tal que era stripper e artificial no peito, na bunda e nos lábios, ok? Veja lá... Aplaudo a sua decisão que já surge com atraso mas veja lá como vai surgir.

Como o cara é panaca!

De seguida a mesma notícia dá conta que a estação de Televisão (SIC) diz que o contrato da Luciana não obriga a que esta esteja no programa em directo todos os dias. Bom, aqui ficou a perceber duas coisinhas: a primeira é que, desde o início, a Lucy é a «descartável» do baralho. A segunda é que já não se fazem profissionais como antigamente, que só faltava se hospitalizados devido a uma súbita doença inoperante. Bom, mudar de maminhas não é assim tão fácil... mas se «eu» começasse HOJE a apresentar um programa em directo não ia faltar vários dias logo no comecinho, né? A rapariga não gostou mesmo de se ver no ar! Em termos de marketing pode até ser preferível e deste novo «dá-que-falar» resultar uma maior longevidade sua no programa. Só porque o público vai querer ver o ANTES e o DEPOIS. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A REALEZA segundo as revistas


Tanta revista, tão pouco tempo...

Os "recortes" ficam guardados, a aguardar a vez de serem publicados. As revistas publicam textos e imagens e o "tweet" mental surge de imediato, com pressa, querendo encontrar estas páginas! Já vão com algum atraso mas os blogues não são feitos com matérias datadas, porque pedem reflexão e debate de um tema em particular. Aqui vai:


Hoje vou abordar a REALEZA, segundo as revistas. 

Primeiro tópico: Porque é que uma mulher bonita mal começa a fazer parte da realeza fica feia? Olhem só para a Kate Midleton... era jovem, não era? E não era engraçada? Como é que ficou assim, sem brilho e interesse??


E continuando na realeza, vou já dizer que não sinto qualquer fascínio pela mesma mas existe e vou comentar. A realeza mais mediática pelo menos por cá não me suscita qualquer atracção. A britânica e a espanhola são, no meu entender, um tipo de realeza ultrapassada e rígida, bonecos. Prefiro gente de carne e osso, que saem nas fotografias como gente normal e não com um ar tão formal que até parece que não fazem as necessidades como o comum dos mortais, de tão direitos e sérios que estão, parece que têm um pau enfiado no... sítio. E quando mete crianças então, é uma tristeza, vê-las sérias e aparentemente desprovidas de brilho e alegria. Já não chegam os papás?

E por essa razão apela-me aos sentidos outro género de realeza. A que se encontra mais para o norte. E aqui está em imagens, vejam com os próprios olhos e me digam o que cada uma destas famílias reais transmite.

Rainha e princesas da Holanda.
Crianças com ar natural, felizes. Foto tirada sem poses.

rainha Letizia de Espanha com uma das filhas.
Não parecem nada felizes ou satisfeitas.
E aquele agarrar no pulso...


Se existe criança feliz e com ar "traquinas", olhem só para esta!
A princesa Isabella, da Dinamarca.
Tudo ar saudável e feliz,
Uma foto sem "poses" formais.


Quem é Carl Philip?
E porquê me interessa saber que ele tirou uma selfie?
Bom, também não estava a entender a relevância até ler que é o príncipe da Suécia.
Um homem com cara saudável, destemido e aventureiro, que pratica desporto e tem um ar normal.

E mais recortes existiam, principalmente da realeza japonesa, uma cultura tão diferente mas também tão cheia de fortes traços de autoridade do marido sobre a mulher, de desigualdade entre os sexos, de poucas igualdades e muito formalismo. Mas estes já chegam para passar o meu ponto de vista! :D
Concordam ou ficam destroçados? É quem nem Kate nem Letizia melhoraram de vida depois de casadas com os seus príncipes. É caso para dizer que o Walt Disney só nos contou mentiras, não é mesmo??

sábado, 20 de setembro de 2014

Cristina Ferreira sexy


Capa da revista VIDAS (CM) Setembro 2014


Quando vi esta revista em cima da bancada pensei: "Mas quem é esta... travesti?"

Reparem bem no rosto desta pessoa, para mim irreconhecível e algo com traços masculinos «disfarçados» de femininos e com uma cor de cabelo chunga, que nem é vermelho, nem é laranja e ainda por cima tem o cafonérrimo detalhe de ter pontas douradas . Digam lá se à primeira vista não vos faz pensar num travesti?


Concordo com a designação: "Ser sexy está na atitude". Mas nem nisso considero a pessoa em questão sexy. Se fosse uma eleição sobre cafonice, daria-lhe o primeiro prémio. Mas o ser sexy está certo que não é só uma questão de aparência. Contudo jamais acreditei ou alguma vez li por outros lados que a maioria dos portugueses considera esta a mulher mais sexy do país. Muito menos pelo segundo ano consecutivo. O que me leva a crer que a pessoa em questão tem uma autoestima tão baixa no que respeita à sua beleza que andou a gastar e a fazer gastar rios de dinheiro em chamadas telefónicas. Só para viciar a votação e não perder o "posto". Tal e qual um «rei» déspota.

Olhemos então para a mulher ao lado. Anónima, inserida no rúbrica "Pose", em que mulheres desconhecidas são fotografadas em produções ousadas mostrando o corpo e usando habitualmente apenas um biquini. Qualquer votação mundial entre estas duas candidatas elegeria a morena como uma mulher sexy. Sem dúvida é mais bonita, mais geitosa. Mas indo ao pormenor não salta carisma cá para fora. Nem sensualidade. Portanto, atitude tem a ver, contudo no caso de Cristina Ferreira, a designação está certamente equivocada. O que ela pode a vir a ter é CARISMA, e assim conquistar o povo. Mas sexy ela não é. Nem no corpo nem na atitude, ok?

Nota positiva para o smocking, adoro um fato e acho que foi a melhor coisa que já vi a apresentadora vestir. Em sofisticação bate aos pontos os horrorosos vestidos com que nos tem brindado durante anos e anos de galas e espetacúlos. Se não são horrorosos, fazem-se nela. Pelo que mais uma vez, é por isso impossível ser sexy.


Nos homens, foi novamente eleito Sexy Platina António Cerdeira. Mas estão loucos? O homem já deixou de ser sexy faz uma década! Alguns bem mais velhos ainda mantêm o carisma, a sensualidade, o sex appeal, mas Cerdeira está «morto». Mais ainda depois de se meter a fazer procedimentos ao rosto para «esconder» a idade e as consequências. Ficou desde então sem sabor ou interesse. E vejam só esta assustadora expressão!




Um ar um tanto seboso, não vos parece? E sim, este homem já foi sexy. Mas foi antes, muito antes, da idade da platina...


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Capa CM dia 12 de Agosto - o buraço da questão é que...


Digam lá como é que vocês lêem a palavra abaixo, título de capa do jornal Correio da Manhã do dia 12 de Agosto de 2014.




BURAÇO, certo?
Quem olha pensa: Mas o que é um buraço??



Percebe-se também de imediato que se trata de falta de espaço, o coitado do paginador tem tanta coisa para colocar que tem de apertar tudo. É então que se vai ver o que de tão IMPORTANTE foi preciso colocar na primeira página para ficar com um título principal tão mal colocado. E o que é???

Meia página foi reservada para outras notícias, com muito destaque e com duas fotos de uma mulher a fazer praia. O título é: "Deputada do PS OUSADA NA PRAIA". E para colocar isto o CM escreveu "Buraço" ou é como se tivesse escrito por os caracteres estarem tão apertados...

Até parece que deputadas não são gente e não vão à praia. O que tem mais nas praias é gente jovem a gostar de se bronzear. Sinceramente, que parvoíce de capa!


Mas olhe CM, deixe estar que a futura ex-deputada um dia vai poder recordar as suas belas curvas e pele ainda intocada pelos efeitos do tempo e quando for uma velhota com peles penduradas e enrugadas vai poder dizer que já teve uma beleza que foi capa de jornal... e ter provas. Tudo graças a vocês.


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Sónia araújo em corte salarial


Sim, eu entendo que as pessoas que trabalham em televisão recebem um ordenado muito acima da média. Também trabalham mais que oito horas por dia - por vezes, e bem mais que cinco dias por semana - às vezes. Mas sempre achei um EXAGERO os valores praticados.

Vem na primeira página da revista "Correio da Manhã TV" (nº 12 791) a diminuição de salário sofrido por Sónia Araújo. Segundo a publicação, a apresentadora está muito preocupada por lhe removerem quase 6.000€ de ordenado. Ora, uma pessoa comum, que trabalha num emprego não mediático e que se cansa muito a trabalhar em empregos fisicamente exigentes e que pagam pouco, logo se interroga como é que alguém pode sofrer um corte de 6.000€ e ainda ficar com um valor que qualquer indivíduo comum consideraria muito bom para viver. 

Sónia recebe 11.800€ por mês. 

Vamos lá admitir que é bastante. Não me importa quanto tempo dedica à profissão, esta consiste apenas em estar a apresentar programas - não é muito difícil. Não é como ter de estudar anos a fio para se ser cirurgiã e não poder cometer nenhum erro, pois tal coisa pode significar a morte a alguém. É apenas ser sociável, saber ficar em frente a uma câmara de televisão e apresentar. Requer técnica mas não necessariamente conhecimento de anos e anos a queimar o cérebro em livros. O trabalho de apresentadora televisiva de programas de entretenimento não costuma resultar em nada que vá influenciar diretamente o curso da economia do país, da política, da educação - embora por vezes o mundo mediático e estas vertentes se mesclem bastante. Mas é mais no caso de se ser repórter ou entrevistadora, não apresentadora. Esta tem um contato mais particular com o público.

Acho que o que algumas pessoas habituadas a auferir mensalmente estas quantias elevadas deviam ter em mente é o valor do salário mínimo em Portugal (485€). E depois dividir o que ganham por esse valor, para entender o quanto estão acima da média e o quanto estão a ser beneficiadas. Se lhes cortam ou reduzem para metade? Em casos do salário mínimo esse corte seria desastroso mas cortarem quase 12.000€ por mês pela metade ainda é receber muito bem ao final do ano!

Os seres humanos são criaturas de hábitos. Habituam-se a um ordenado elevado, olham para o lado vêm outros a ganhar muito mais e pensam: "eu mereço mais que tu" e quando lhes cortam o valor revoltam-se. Assustam-se. A instabilidade que toca a todos roça neles também. Sem aqueles empregos podem ficar sem nada e sujeitarem-se ao mercado real, ao mercado não mediático, aos empregos no MacDonalds. Um corte salarial de 50% pode parecer uma injustiça em muitos sentidos, para os que andam no meio mediático - é verdade. Mas todos esses recebem um valor injusto diante da realidade dos salários da maioria dos portugueses e da realidade económica do país. Mesmo com uma percentagem tão elevada de redução salarial continuam a auferir por mês muito mais do que obteriam noutros meios e bastante mais do que outras pessoas comuns que nem em sonhos conseguem sair de valores de três dígitos, quanto mais cinco.