terça-feira, 9 de julho de 2013

Sarita, cala a boca!

Entrevista a Sara Nobre, TV Guia nº1798

Não sou pessoa de julgar e por vezes demoro até para avaliar mas uma entrevista a Sara Nobre, a tal criança-atriz que cresceu e enveredou pelo mau caminho acabando por ir presa numa penitenciária Espanhola deu-me vontade de pronunciar. A rapariga fala e contradiz-se. Parece não ter amadurecido ou aprendido nada. Vamos lá dissecar o conteúdo, recapitular e juntar um pouco as pontas desta história sem fim, até mesmo para deixar de ser explorada pelas TVs e Revistas - só o é porque a visada o quer. Portanto, depois não pode criticar que seja alvo de críticas. Quem se mete na toca do lobo depois não se pode surpreender de ser atacada, não é verdade?

O olhar raramente mente
S.O.S - S.O.S!!
Numa altura no passado a imprensa também fez das suas: andava a fazer matérias sobre a vida errónea de Sara Nobre, filha do ator Vitor Norte e da atriz Carla Lupi. Mas as poucas declarações da actriz davam as notícias como descabidas: ela sabia muito bem o que fazia! Tinha um emprego estável num banco mas por dinheiro foi trabalhar para um bar de strip onde só "servia às mesas" -fez questão de frisar. Os pais - diziam as revistas, sabiam disso e apoiavam a opção da filha - "é maior e sabe o que faz" - disse o pai.

Bom, deixem-me cá já meter uma colherzinha da minha opinião para dizer que um pai nunca se "divorcia" de um filho. Compreendo que por vezes é preciso dar espaço para ele dar cabeçadas e aprender com elas. Outras não adianta, parece que faça-se o que se fizer, o filho não se endireita. Agora "entregar" a Deus, isso é que não. Os pais são artistas, atores com trabalho em TV - pelo menos o pai, têm alguma influência, podiam, pelo menos, tentar montar um espetaculo de teatro ou nas novas tecnologias para manter a filha no percurso que queria seguir e para a qual decerto a «empurraram» mas para o qual já estava mais do que de portas fechadas - pelos vistos.

Big Brother Famosos 2002
Mas falar de fora é fácil, pois é. Não se está por dentro dos factos e qualquer avaliação pode ser injusta. Porém essa é a realidade da vida e ainda mais de quem a expõe por opção e escolha nas revistas e comunicação social. E se a vida deles foi exposta! Na minha memória ainda está aquele inenarrável Big Brother Famosos - em que Vitor Norte se singrou vencedor, com um sentimento de repulsa total de minha parte - mas o que esperar de um programa daqueles? Só o pior podia ser louvado ali. O homem foi para lá lavar roupa suja à grande e à francesa! Traiu a ainda mulher, declarou estar completamente apaixonado por Cláudia Cadima com quem depois se expôs no programa e vivia a falar mal da ainda esposa. Queixando-se da intimidade dos dois! Grande canalha!! NUNCA que um indivíduo de boa índole seria capaz de fazer o que aquele homem fez, pelo que a minha opinião sobre o indivíduo é péssima a terrível desde então. E depois cria dois filhos e nenhum fora da influência de negócios ilícitos, noitadas etc. Algo muito mal se passa. Não sei se a "culpa" é dele, se da ex-esposa, se de ambos - só sei uma coisa: não era de certeza absoluta daquelas CRIANÇAS que estavam a levar com a pressão e os stresses da roupa suja que é a intimidade familiar a ser lavada na TV!!!!

Mas as crianças cresceram e não são mais crianças. E agora, pelos vistos, Sara Nobre é parecida com a mãe de rosto e corpo, mas sai mais ao pai no carácter, pois mal sai da prisão vai ao encontro da vida acelerada e da exposição pública imediata. 

Vamos à entrevista:
Sara Norte revela que está a adaptar-se bem e que fez na véspera uma coisa onde é muito boa: cozinhou. Mas ela só fez um hamburguer com queijo. Não tem ciência alguma nisso. Já fico de pé atrás sobre a sua capacidade de auto-análise. Mas pronto. Não será por aqui que a porca torce o rabo.

Quando lhe perguntam se sente que poderá ter uma recaída (consumir drogas), diz que não. Que pode voltar a frequentar o mundo da noite sem problemas e que saiu com um grupo de amigos. Adora dançar, adora música.  - Hum... comportamentos de risco não são coisa recomendável. Saberá Sara que existem outras formas de se divertir igualmente prazerosas e que não a expõem a velhos hábitos? Pode dançar e ouvir música em casa, sei lá. Tanta coisa! Pode ir ao cinema, inspirar-se e sonhar com a profissão. Não está, portanto, a afastar-se dos convívios que a levaram a seguir a estrada que caminhou. Ela diz que já não fala com os "amigos" com os quais consumia, mas mais à frente na entrevista perguntam-lhe se alguém do bar de strip a contactasse se ela voltaria a se dar, a resposta foi afirmativa. Está certo - uma coisa não quer dizer outra e só fica implícito que essas amizades surgiram do clube de strip mas MAIS UMA VEZ aqui está o comportamento de risco. 


E agora vou já abordar o mais repugnante: 
A postura que parece ter com a avó materna. Queriduxa: uma avó é uma avó. Ainda mais com 70 anos. É decerto uma pessoa de outra geração, pode até ser uma pessoa difícil mas é avó e tem o seu quê de vida para se descobrir. Se tu que nem tens 30 já passaste por tanto, ela viveu o triplo! Dá-lhe o benefício da aprendizagem que só a longevidade pode facultar. Tão depressa Sara Norte afirma (quando questionada sobre morar com o pai e a família toda) que APRENDEU que a família vem sempre em primeiro lugar, como a seguir revela que não tem muito interesse em manter uma relação de proximidade com a avó. De momento não se estão a falar. Que se esta a procurar, ela está ali... Então miúda? Saíste agora e já estás assim? Então e esse papo de "família em primeiro lugar" cai em saco roto?

Olha, se perdeste a tua mãe sem hipóteses de te despedires, o mesmo pode acontecer com qualquer outra pessoa. E estando a tua avó com 70 anos digamos que pela lógica natural tudo indica que a próxima a desaparecer da face da terra será, por ordem biológica, ela. Que tal deixar de merdinhas e tratar de meter a tua própria frase a uso?

E outra coisa: tu perdeste uma mãe, ela perdeu uma filha. Um dia vais entender a diferença. E se ela se desfez das cinzas, fez ela muito bem. Tinha o direito de quem pariu. Vocês são filhos, ela era mãe. Agora vão querer condenar a senhora por uma coisa irrisória dessas? Ao menos existiu uma tentativa legítima de um diálogo ou foi logo ferro-e-fogo? E o que são cinzas? Quando a tinhas viva o que fizeste? Deste-lhe tanto valor assim?

Eu aqui a pensar que sim e depois venho a ler na mesma entrevista que a última vez que Sara viu a mãe (na penitenciária) tiveram uma discussão. Ora que bela maneira de dizer um último adeus a uma pessoa que se abalou quilómetros para ver a filha, provavelmente desconfiando que pela última vez com vida. Porque sejamos francos, tinha tudo encaminhado para terminar como terminou. Doente com cancro - uma doença que raramente poupa alguém. E o que é pior: fumadora! Só eu é que reparei e só a mim é que fez uma imensa confusão ver as fotografias na revista CARAS* da mãe desta rapariga quando saiu da visita ao presídio e estava a fumar cigarros? (aparentemente stressada e angustiada?) Ainda que dissesse que se sentiu melhor e a Sara estava a ser bem tratada, a postura física e o recorrer a cigarros estavam a apontar para o contrário. Com uma sentença de morte no caminho - cancro de pulmão se não erro - vai envenenar-se mais um bocado? Estava visto - pelo menos para mim, que ia morrer em breve. Quando e o que ia sofrer até lá é que era a incógnita. 

E o que tinha a mulher para se motivar? Desempregada, sem saúde, sem dinheiro, sem alguém para lhe dar apoio (alguém que não mãe, um companheiro), com um trauma de um ex-marido canalha que a trocou publicamente e a humilhou, com filhos problemáticos (decerto que não foi inocente mas ainda assim...) e com uma filha presa num país estrangeiro por tráfego de drogas que transportava em balões no estômago. E ainda por cima quando a vai visitar as duas discutem. Uau! Vejo aqui muuuuitas razões para ganhar ânimo e vencer uma luta terrível contra o cancro. Vocês não?? - estou a ser extremamente irónica, pois claro.



Olhem o passarinho!
Durante todo este tempo Vitor Norte não se pronunciou. Pelo que sei, nem foi de fazer visitas. Mas assim que a ex bateu-as-botas, surgiram as primeiras declarações. Com prontidão! E a foto de praxe dele a abraçar-se à filha em frente ao presídio quando esta foi posta em liberdade. Para mim continua igual: não é capaz de fazer nada pela frente, mas pelas costas torna-se um óptimo orador. Com a ex fora do caminho, abre a boca e pousa para as lentes, ò Vitor! 

É desbravar o caminho de volta para as luzes da ribalta...

Avó de Sara, mãe de Carla Lupi

Sara Norte não está a receber apoio psicológico. Mas talvez devesse. Trabalho pode ser uma boa terapia, mas de efeito curto e não tanto quando se continua a manter vivos conflitos familiares e a viver um pouco de noitadas. E depois o trabalho de actriz é dos mais incertos no mundo. Quando regressarem as temporadas de desemprego, como vai ser? Acima de tudo só se dá bem quem tem uma estrutura psicológica forte e uma resistência sobre-humana. Não é o caso... Pergunta-te miuda, se para o ano a tua avó, tal como a tua mãe, já cá não estiver porque morreu, tens arrependimentos? É que se tiveres, é melhor agires já do que esperar por um pote de cinzas para sentir algum conforto...

Ah, e também não cai bem acabada de sair em liberdade e começar a dizer que na prisão te tratavam mal mas não podias dizer nada porque senão te batiam. Então não era maravilhoso? Não tiraste cursos? Em que ficamos? Se mentes uma vez, mantém a mentira, ou então não te apresses a dizer mal tão depressa daquela que, para todos os efeitos, foi a tua casa. Estavas na rua, literalmente. E já agora, numa entrevista anterior Sara Norte diz que quando a mãe morreu DERAM-LHE a opção de ir ao funeral mas ela não quis (temeu a imprensa, mas agora já não a teme e corre para ela - vai-se lá entender). Queriduxa, novamente: para quê esperar um pote de cinzas? Um funeral é mesmo a despedida convencional para dizer o último adeus a alguém. Não foste, por opção, ao funeral da tua mãe... Não dá para desfazer uma decisão dessas. Não dá para voltar atrás. Não foste. Diz a moça na anterior entrevista que dias depois na prisão teve uma crise de choro porque se lembrou da morte da mãe e que os guardas lhe bateram e "não se lembraram" que a mãe havia morrido. Pois! Se nem tu pareceste te preocupar em comparecer ao enterro, os guardas iam pensar o quê?

Muitas histórias mal contadas nesta novela triste que começou a ser conhecida com a participação de Vitor Norte num reality Show. Agora que a ex bateu as botas e estes escândalos foram aproveitados para um regresso "podre" à ribalta, Vitor prepara-se para participar noutro reality. E quando as luzes dos holofotes se apagarem de novo, Sara? O que vais fazer? Quem vais ter do teu lado? Quem vais culpar sem "dizer nomes"? Quem te negou o tal prato de sopa com o qual justificas os teus comportamentos?


Muito me decepcionei ao ler esta entrevista. E nem sou destas coisas mas pronto. Se me engano em alguma coisa é consequência natural de observador-público a quem estas entrevistas dadas se dirigem. E decidi partilhar a minha opinião. A liberdade de expressão serve para isso mesmo.








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